O senador Magno Malta (PR) vai mesmo concorrer à reeleição ao Senado Federal, recusando mais uma vez o convite para ser vice na chapa presidenciável do PSL, deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), nas eleições deste ano. Em entrevista ao jornal O Globo desta quarta-feira (11), Malta reafirmou sua candidatura à reeleição.
A postura do senador se agrega ao desenho do processo eleitoral traçado nos últimos dias no Espírito Santo, com a desistência à reeleição do governador Paulo Hartung. Para substituí-lo, os mais cotados são o senador Ricardo Ferraço (PSDB) e o deputado estadual Amaro Neto (PRB), até então, candidatos ao Senado.
Nesse novo cenário, Malta faria dobradinha com Amaro ou Ricardo para preenchimento das duas vagas ao Senado neste ano, dependendo de qual dos dois será o indicado para substituir Hartung na corrida ao governo do Estado.
Essa estratégia foi montada pelos nove partidos da base de sustentação do governo, que se reuniram nessa terça-feira (10) para avaliar nomes com chances de manter o bloco unido em torno de uma candidatura, quando foram citados os nomes de Ricardo Ferraço, Amaro Neto e o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), que abdicou do convite.
A aliança com Magno Malta é importante para Bolsonaro não apenas pela densidade eleitoral que o senador possui junto ao público evangélico. Uma aliança com o PR representa maior tempo de TV, com acréscimo de 45 segundos nos minguados oito segundos do seu partido, o PSL.
O fechamento da aliança em nível nacional entre o PR de Valdemar Costa Neto, condenado no escândalo do Mensalão, e o PSL de Jair Bolsonaro (RJ), levou o senador capixaba a indicar uma resposta até o próximo dia 15. No entanto, a entrevista ao jornal carioca já coloca ponto final na questão.