A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira dois italianos acusados de integrarem a Ndrangheta, um grupo mafioso da região da Calábria, no Sul da Itália, que trafica drogas na Europa. Os dois alvos, pai e filho, foram presos em uma cobertura de luxo no litoral de São Paulo que tinha paredes falsas e um sofisticado sistema de vigilância, com uma câmera de 360 graus na área externa que permitia ver quem entrava e saía do prédio.
No imóvel, foram encontrados malas repletas de dinheiro, com euros, dólares e reais (o valor ainda está sendo contado pela PF); três armas de fogo; e passaportes falsos dos envolvidos.
Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Interpol. A operação foi batizada de Barão Invisível. Os alvos estavam foragidos desde 2014, e há indícios de que passaram por Portugal e Argentina antes de virem ao Brasil. Um deles já foi condenado pela Justiça italiana a 14 anos de prisão por tráfico e associação criminosa. A operação contou com a cooperação da polícia italiana.
“Com certeza esse grupo vai sofrer um abalo grande nas estruturas”, disse o delegado da PF Ricardo Hiroshi em coletiva nesta segunda-feira. Segundo a PF, o grupo italiano era responsável pelo envio de uma grande parcela de cocaína da América do Sul à Europa.