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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Professores do RS entram em greve contra parcelamento de salários pela 18ª vez

Professores do RS entram em greve contra parcelamento de salários pela 18ª vez

Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul vão paralisar as atividades até sexta-feira (4). A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), feita hoje (1) em frente ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, em Porto Alegre.

A greve foi deflagrada após o governo do Rio Grande do Sul ter parcelado os salários do funcionalismo pela 18ª vez consecutiva. A Secretaria da Fazenda liberou hoje (1º) R$ 650 por matrícula. Na sexta-feira, os professores farão nova assembleia para definir os rumos da mobilização.

Esta é a segunda greve da categoria em 2017. Em março, os professores fizeram uma paralisação por 16 dias para cobrar o pagamento do piso nacional do magistério.

Crise financeira

O parcelamento de salários do Executivo nos últimos 18 meses revelam a crise financeira do Rio Grande do Sul. Ontem, o governo estadual anunciou que não pagaria a parcela de julho da dívida com a União e ingressou com medida cautelar no Supremo Tribunal Federal (STF) para que as prestações não sejam cobradas.

O governo gaúcho diz que os R$ 140 milhões que deixaram de ser pagos ao governo federal serão utilizados para ampliar o pagamento devido aos servidores. “Nesta terça-feira [1º], serão depositados mais R$ 450 dos salários e, com os R$ 650 já pagos, ficam cobertos 13% da folha”, diz nota publicada pelo Piratini.

A liminar solicitada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ao STF pede a suspensão da cobrança da dívida com a União por até três anos. Além disso, o governo pretende impedir que o estado seja inscrito em cadastros de inadimplência e tenha as contas bloqueadas. O pedido foi dirigido à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, sob regime de urgência.

Dentre os argumentos apresentados pela PGE está o fato de que o Supremo concedeu liminar semelhante ao estado do Rio de Janeiro, em abril do ano passado.

Com o agravamento da crise, o governador José Ivo Sartori viajou a Brasília para apresentar a situação financeira do estado à bancada gaúcha na Câmara dos Deputados e ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

 

 

 

 

 

 

Fonte:

Daniel Isaia – Correspondente da Agência Brasil



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