O empresário Fernando Bittar, um dos donos do sítio em Atibaia (SP), afirmou em interrogatório nesta 2ª feira (12.nov.2018) que acreditava que as reformas feitas na propriedade estavam sendo pagas pelo ex-presidente Lula e sua família.
A declaração foi dada em depoimento à juíza federal Gabriela Hardt, sucessora do juiz Sérgio Moro nos processos da operação Lava Jato.
Segundo as investigações, o sítio passou por 3 reformas. Uma sob comando do pecuarista José Carlos Bumlai, no valor de R$ 150 mil, outra da Odebrecht, de R$ 700 mil e uma terceira reforma na cozinha, pela OAS, de R$ 170 mil, em 1 total de R$ 1,02 milhão.
Lula e outras 12 pessoas são acusadas de lavagem de dinheiro e corrupção pelas reformas. Bittar é réu.
Para os investigadores, parte do valor de propinas da Odebrecht e da OAS para Lula (cerca de R$ 870 mil) foi lavada mediante a realização das obras, construção de anexos e outras benfeitorias.
Também foram ouvidas nesta 2ª feira o ex-assessor da presidência da República, no governo Lula, Rogério Pimentel, e o advogado e amigo do ex-presidente Roberto Teixeira. Os réus reafirmaram o que já tinham dito à Justiça.