O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, aponta para um deflação de -0,16% em dezembro, informou nesta sexta-feira (21) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde julho do ano passado o IPCA-15 não registrava deflação – naquele mês ficou em -0,18%. Além disso, foi a menor taxa para o mês de dezembro desde o início do Plano Real, em 1994.
Em novembro, o IPCA-15 ficou em 0,19%, mas o índice final ficou em -0,21%, a segunda deflação do ano.
De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram deflação de novembro para dezembro:
- Transportes: -0,93%
- Saúde e cuidados pessoais: -0,58%
- Habitação: -0,52%
- Comunicação: -0,07%
No lado das altas, o destaque ficou com o grupo Alimentação e bebidas (0,35%), que apresentou o maior impacto positivo no índice do mês. Os demais grupos variaram entre o 0,02% de Educação e o 0,44% de Artigos de residência.
Com a deflação de dezembro, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 3,86%, abaixo do centro da meta do Banco Central, que é de 4,5% para 2018.
Dentre as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE, apenas Belém registrou alta na inflação em dezembro. Todas as demais tiveram deflação, sendo a mais intensa em Brasília, e a menor em Fortaleza.
- Brasília: -0,30%
- Belo Horizonte: -0,25%
- Curitiba: -0,23%
- São Paulo: -0,21%
- Goiânia: -0,21%
- Recife: -0,20%
- Salvador: -0,15%
- Rio de Janeiro: -0,11%
- Porto Alegre: -0,06%
- Fortaleza: -0,05%
- Belém: 0,27%
Entre as regiões pesquisadas, só a região metropolitana de Belém teve aumento de 0,27%, puxado pelos preços das passagens aéreas (31,12%), tomate (27,06%) e açaí (12,86%). Já a maior queda (-0,30%) foi registrada em Brasília, devido à redução dos preços da gasolina (-8,75%) e dos itens de higiene pessoal (-5,08%).